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Rodrigo Caio e Fagner são inexplicáveis

Menon

12/03/2018 13h02

Por motivos diferentes e até opostos, a convocação de Fagner e Rodrigo Caio me desagradam. Não surpreendem, por constantes, mas desagradam pelo futebol que jogam há tempos.

Rodrigo Caio não é um zagueiro-zagueiro e também não é um zagueiro espetacular, de alto nível técnico. No jogo físico, leva desvantagem, como foi no encontro com Borja. E também não é nenhum Aldair em termos de antecipação, de início de jogadas. Me parece que Tite ainda leva muito em conta sua grande participação na Olimpíada, o que pouco significa para um Mundial.

Fagner, ao contrário, gosta do jogo físico, do contato. Mas o faz sempre em alta voltagem, sempre no limite da violência. E, além da briga física com o adversário, tem o blablablá com os juizes. Fica reclamando sempre, de forma colérica. É um convite para cartões amarelos. E não tem ido tão bem assim na marcação. Sofreu com Hugo Cabral no Paulistão.

Tite mostrou que ainda há vagas a serem conquistadas. Cássio, afastado o "perigo Vanderlei", se pensou que estava garantido, agora tem de se preocupar com Neto. Rodrigo Caio ou Geromel? A briga está aí para se definir o companheiro de Marquinhos, Thiago Silva e Miranda. Jémerson e Gil, acho que perderam o bonde.

Willian José é uma aposta em um atacante de características diferentes de Jesus e Firmino. Alguém de contato, de choque e de bola aérea. Sempre foi grosso, mas agora é grosso na Real Sociedad, o que lhe dá um status de grosso internacional. Mas, há outros? Lembremos que na outra convocação, a opção foi Diego Souza. E Jô, por que não?

Talisca é forte, habilidoso e chuta bem. Giuliano, Rodriguinho e Lucas Lima, citados por Tite, tem um forte concorrente.

E há a possibilidade de o mundo se debruçar sobre um tema proposto há anos pelo gaúcho Wianey Carlet, em 2009. "Taison ou Messi, o futuro dirá quem foi melhor". Por enquanto, Messi leva vantagem, mas Tite pode dar uma chance ao conterrâneo.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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