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Rio goleia São Paulo

Menon

01/04/2018 18h32

Em 1999, Evaristo de Macedo era treinador do Corinthians. Bom papo, sempre disposto a uma resenha, defendia uma tese geográfica para o estilo de jogo do Brasil. Quanto mais para o Sul, pior. Para ele, o futebol mais agradável de se ver era o do Nordeste e o pior, o é do Rio Grande do Sul. E colocava São Paulo ao Sul do Rio. Evidentemente  é uma tese sem muito sentido, apesar de realmente o futebol gaúcho ser marcado por jogos mais pegados.

A tese de Evaristo, embora sem nenhuma base científica, tem se comprovado nas finais de Rio e de São Paulo. Os jogos do Rio são muito mais abertos, muito mais agradáveis. Mais gols e menos faltas. Botafogo 2 x 3 Vasco teve 26 faltas contra 51 de Palmeiras 1 x 0 Corinthians. O que significa que não foi um jogo bom, corrido e com entrega dos jogadores. Fazer falta a todo momento e pedir cartão amarelo para o adversário a todo instante não significa raça, amor à camisa, suor. Significa apenas porrada e mau futebol.

O Corinthians, por exemplo, está na final e marcou um gol nos três últimos jogos. E nas quartas, teve uma derrota para o Bragantino. O São Paulo, nas quartas, teve derrota para o São Caetano. O Santos empatou as duas com o Botafogo. Só o Palmeiras sobrou, com os 8 x 0 agregados no Novorizontino.

E qual é o perigo do Palmeiras? Acreditar que venceu um tabu de quatro derrotas para o Corinthians apenas porque resolveu jogar na porrada e na malandragem. Como o Corinthians. Nos outros jogos, o Palmeiras não sentiu o clima e perdeu. Agora, apostou no velho clichê "se a gente igualar na raça, vence o jogo porque temos mais time". Tem mais time sim, mas não ganhou porque usou do antijogo como o arquirrival. Ganhou porque começou pressionando o campo do Corinthians, porque dominou o jogo e fez um gol. Daí para a frente, foi um péssimo jogo.

Um jogo como foi esse primeiro, com jogadores trocando sua qualidade técnica por duvidosos dons artísticos, para fingir tapas na cara, e bélicos para dar pancadas, tem resultado indefinido. Iguaa-se na mediocridade.

Enquanto isso, no Rio, ficaria tudo ainda melhor se Zé Ricardo escalasse Paulinho desde o início.

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon