Palmeiras e Corinthians enfrentam prepotência de quem odeia futebol
Menon
05/04/2018 11h22
Fico imaginando como seria se houvesse uma grande crise no Brasil e não houvesse mais caixões para enterrar pessoas. E que a solução do problemas ficasse por conta do MP e da PM. Após breve reunião, algum midiático promotor convocaria a imprensa e diria: "a partir de agora, está proibido morrer". Simples, não é?
É assim que agem para tratar dos problemas existentes em jogos de futebol.
Proíbe o pernil.
Proíbe a cerveja.
Proíbe o samba.
Proíbe a bandeira.
Proíbe o sinalizador.
Proíbe dois jogos no mesmo dia.
Proíbe duas torcidas no mesmo jogo.
Proíbe treino aberto.
Proíbe o futebol.
Proíbe o ir e vir em frente o campo do Palmeiras.
Proíbe a festa.
Proíbe o povo.
É muito mais fácil do que trabalhar com inteligência. E com a inteligência. Quantos torcedores estão presos? Quantos estão fichados? Que trabalho é feito?
Ao proibir treinos abertos em locais distantes, a PM e o MP estão abrindo mão de seu trabalho, estão levando a incompetência e o autoritarismo a níveis estratosféricos.
Ao manterem os treinos abertos, Palmeiras e Corinthians estão reafirmando sua condição de canais da expressão popular, seu status de representantes da paixão popular.
Bem vinda, rebelião.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.