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Bem, amigos, cadeira vazia é desrespeito ao Palmeiras

Menon

17/04/2018 14h17

Jogadores do Palmeiras se recusaram a participar do Programa Bem, amigos…

Foi por decisão própria?

Não sei.

Foi orientação do Palmeiras, que paga direitos de imagem e decide onde eles devem ir?

Também não sei.

Se foi por decisão própria, qual o motivo?

Acabou o shampoo? Estavam com saudades de casa? A camisa estava rasgada? Eles não gostam da Globo?

Não sei, não sei e não faço a mínima ideia…

E, se foi por decisão do Palmeiras?

Foi represália pelas negociações pelos direitos a partir do ano que vem? Não gostaram da transmissão contra o Corinthians? Consideram que houve interferência externa da Globo?

Desculpem, mas não tenho notícias a respeito. Nada sei.

O que eu tenho a dizer sobre o assunto, se nada sei?

A cadeira vazia.

É uma arrogância enorme, é um desrespeito ao jogador, é um desrespeito ao clube. Colocar uma cadeira vazia no estúdio e dizer que ela era reservada aos jogadores do Palmeiras é o reflexo do que considero jornalismo de intimidação.

Ninguém, ninguém, em hipótese alguma é obrigado a dar uma entrevista. Mesmo que todos considerem que não dar a entrevista é ruim. Mesmo que os torcedores fiquem sem informação.

Dar ou não dar entrevista é uma opção do cidadão. Dar entrevista não é obrigação, não é aceitar correndo um tempinho que a televisão lhe reservou. Entrevista não é uma dádiva do meio de comunicação. Também não é um favor do entrevistado.

Se a pessoa opta por não dar uma entrevista, seu direito deve ser respeitado. Colocar lá uma cadeira vazia é desrespeitar esse direito. É constrangimento. É insinuar que a pessoa é covarde.

O mesmo vale para debate eleitoral. O candidato X decide que não irá ao debate. Por estar mal na pesquisa. Por estar bem. Não interessa. É um direito dele. E, pronto, lá vai a televisão colocar uma cadeira vazia. Por que uma cadeira vazia, se foi avisado com tempo que o Fulano não iria? Puro constrangimento. Pura coação.

É preciso respeito. Não houve respeito com o Palmeiras.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon