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Mattos, Dudu, Lugano... Nada muda no futebol brasileiro

Menon

29/05/2018 11h49

O Dia da Marmota é mesmo uma constância no futebol brasileiro. Nada muda. Os mesmos problemas e as mesmas soluções que nunca solucionam. Tudo igual. E vamos caminhando para o fim do túnel.

A notícia é que Alexandre Mattos e Dudu foram conversar com dirigentes de uma torcida organizada. Pedir apoio, pedir união. Uma prática que não se restringe ao Palmeiras. Há pouco, era Lugano usando sua influência e seu portunhol para amansar outras feras.

Até quando? Até quando dirigentes terão atitudes desse nível, se sujeitando a receber ameaças de torcedores? E depois fazer uma reunião como se fosse algo importante, o Topetudo se reunindo com o Gordinho? Isso é rebaixar o clube.

Precisamos de dirigentes que avancem, que sejam pioneiros e tomem atitudes corajosas.

Não damos mais ingresso grátis para torcedor.

Não facilitamos compra de ingresso para organizadas.

Nenhuma torcida organizada tem permissão para usar os símbolos do clube.

O clube não dará e nem aceitará que seus dirigentes contribuam com as despesas de escolas de samba de torcidas organizadas.

E há muito mais que um dirigente moderno poderia fazer a partir de agora, para mudar o futebol brasileiro.

Apenas o nosso capitão poderá se dirigir ao árbitro.  (Já que o Coronel Marinho não faz, que alguém faça).

Não aceitamos mais que nossos jogadores fiquem cercando e ofendendo árbitros, auxiliares e outros quetais.

Apenas nossos dirigentes falarão sobre arbitragem.

Repudiamos que nossos jogadores finjam levar tapa na cara a cada disputa de bola.

E já que se exige tanto dos jogadores, o presidente do clube deveria dizer:

Não aceitamos a governança da CBF, com um presidente eleito após um golpe que tirou força dos clubes e fortaleceu as federações.

Não aceitaremos viajar de graça com avião da CBF.

Não estaremos em vôos de alegria, irresponsáveis.

Se um, apenas um dirigente tomar vergonha, tomar atitude e passar a respeitar a história de seus clubes, não se sujeitando a marginais organizados, nas arquibancadas e nas luxuosas salas da CBF, tudo melhoraria.

Petraglia, presidente do Furacão, avançou em relação à CBF, mas sua atitude diante de outros clubes, partindo para a galhofa e ofensa, não leva a nada.

São sonhos, talvez irrealizáveis para um país que vende jovens para a Europa e jogadores em plena forma para a Arábia.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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