Costa Rica, Peru e o fim das ilusões
Menon
17/06/2018 11h14
A Copa é, quando se fala em títulos, é para poucos. Mas, quem diz que a Copa é só título. Sempre há o aparecimento de uma seleção que seduz o mundo com futebol alegre, que vence algum grande e caminha longe. As quartas, geralmente, são o teto para o sonho.
No início, eram os africanos. Camarões, de Milla, Nigéria de Okocha, mas, se renderam a um estilo rude. Diziam que, quando os africanos perdessem a inocência e ganhassem cultura tática, seriam quase invencíveis. Ao contrário. Transformaram-se em times violentos.
A globalização, é claro, mudou muito. Na aldeia global, rareiam as surpresas futebolísticas.
Mas, sempre há uma "costa rica'. Foi assim, em 2014, vencendo o Uruguai, eliminando Inglaterra e Itália, mandando a Grécia para casa e caindo nos pênaltis, para a Holanda.
Era a Costa Rica de Navas, Bryan Ruiz e Campbell. Em 2018, continuam no time. Navas impediu uma derrota maior contra a Costa Rica, mas Ruiz e Campbell foram mal.
A Costa Rica não será a "costa rica" de 2018.
E o Peru?
Era minha aposta para "seleção queridinha" do Mundial, mas Cueva mandou meus sonhos para o espaço. Juntamente com a bola do pênalti que cobrou.
Ainda há um restinho de ilusão. Ao contrário da Costa Rica, o Peru jogou bem. Perdeu para a Dinamarca, mas foi bem.
Tomara que reaja. Afinal, se já não temos surpresa em cima, que tenhamos algo fugaz e brilhante em baixo. Caindo como um meteorito no meio da festa já programada de um gigante que acaba chorando na cama, que é lugar quente.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.