Com Marcos, futebol é festa e dignidade
Menon
04/08/2018 13h06
É aniversário de Marcos. E eu me policio para não chamá-lo de Marcão, forcando uma intimidade que nunca houve. Conversamos poucas vezes, durante a Copa do Mundo de 2002.
Marcos é assim. Faz a gente ter vontade de se aproximar e de conviver com seu mundo. Se eu fosse na casa dele, me sentiria à vontade. Ao contrário de quando convivo com gente chique.
O que admiro em Marcos é a capacidade de transformar o futebol em um jogo. Apenas um jogo. No sentido lúdico. Uma festa. Um contínuo churrasco.
Sabe a pelada em que você joga com tudo, exagera no choque, discute aqui e ali e termina tudo em cerveja? Em risada e um belo pedaço de picanha?
Com ele é assim. Um goleiro espetacular, alto nível, o melhor da Copa, mas que simplifica o jogo. Simplifica a vida.
Acho que Marcos não daria certo na Europa, apesar de seu altíssimo nível. Sentiria falta do Brasil. Da zoeira. A não ser se o Marcelinho fosse junto, pra um time rival…
Marcos trocou a Europa para jogar a segunda divisão do Brasil. Sempre foi um palmeirense em campo. É o último grande craque amador do futebol brasileiro.
Um abraço, Marcão.
Epa, escapou
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.