Topo

Tite, Edu e a síndrome de Rolando Lero

Menon

18/08/2018 12h48

Edu Gaspar é um rapaz elegante. Cabelo com gel, barba aparada, roupa bem cortada e fluência no falar.

Tite tem a voz pausada. Tem o tempo certo da parada. De olhar para a frente, para o vazio ou para o interlocutor.

Os dois são adeptos do verbo oportunizar. Como vendedores de telemarketing. Edu tem sotaque paulistano, Tite, gaúcho, cheio de tu vai, tu vem.

Tite adora o novo linguajar universitário, com bloco alto, médio e baixo, regista, valência cognitiva, terço final…

A conversa de vendedor de enciclopédia inebria, ilude, mas…

Eles fizeram a imbecilidade de tirar jogadores de Cruzeiro, Corinthians e Flamengo da semifinal da Copa do Brasil para um jogo contra El Salvador.

El Salvador? Sim, mas é o início do novo microciclo.

Cantam de galo contra os clubes, mas são incapazes de dizer aos patrões que El Salvador não serve. É apenas um caça-níquel.

E Neymar? Continuarão na tática de colocar o craque nas nuvens.

É top 3.

Eu gosto de ti de um jeito que tu não imagina.

E Fabinho? Não foi na Copa, mas agora é a hora certa?

Ah, é? Agora?

A hora certa era de Taison.

Cadê o Taison que estava aqui?

E Courtois? Foi o melhor da Copa, foi para o Real Madrid por causa da grande partida contra o Brasil.

Nada foi errado. Tudo estava certo. A derrota foi azar.

Só faltou dona Lúcia.

O Brasil começa seu novo ciclo da mesma forma que o anterior.

Sem uma tevrevi dos erros.

Com amistoso caça níquel.

Sem respeito aos clubes.

Tudo edulcorado com discurso pseudo moderno.

Tudo Rolando Lero.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Tite, Edu e a síndrome de Rolando Lero - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon