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Ademir da Guia: "Felipe Melo mereceu a expulsão, mas não o condeno"

Menon

31/08/2018 14h17

Foto: EFE/Sebastião Moreira

Maior ídolo da história do Palmeiras, Ademir da Guia sofreu como nunca no jogo de volta das oitavas de final diante do Cerro Porteño. Presente nas tribunas do Allianz Parque para ver uma "vitória tranquila" diante dos paraguaios pela Copa Libertadores, o Divino revela que ficou angustiado após a expulsão de Felipe Melo logo no começo, temeu pelo pior, mas valoriza a classificação. O ex-meia de 78 anos é só elogios ao trabalho de Felipão, poupa o volante e prevê conquistas no fim do ano.

Como o senhor viu a classificação na Libertadores?

Olha rapaz, fui ao Allianz ver o jogo, estou sempre lá para apoiar o time e foi terrível. Estava preparado para uma festa, um espetáculo, mas ficar com um jogador a menos logo do começo transformou a partida num drama. Se eles fazem um gol logo no começo seria muito complicado. Por sorte o time soube se portar em campo e valeu pela classificação. Mas não foi como imaginávamos. Esperávamos uma vitória tranquila, ainda mais depois de fazer 2 a 0 fora de casa e sofremos por 90 minutos.

O que achou da expulsão do Felipe Melo?

Um lance bobo, não precisava ter feito aquela falta dura. Ele entrou com muita violência, mereceu ter sido expulso e agora ainda pode ser julgado e punido não sei por quantos jogos.

Ficou com medo da eliminação?

Medo não, mas muito receio. Não podemos perder um jogador na primeira, segunda falta. Isso é lamentável. E se a disputa vai para pênaltis, não sabíamos o que poderia acontecer.

O Palmeiras deveria punir o Felipe Melo? O senhor o suspenderia?

Não posso condená-lo pela expulsão, mas realmente ele entrou muito forte no lance. Essas coisas dependem da diretoria, do Felipão, de como os jogadores vão reagir. Tem de estudar o lance, há gente que acha normal, chama o árbitro de rigoroso por ser o primeiro lance. Eu achei correto. Sobre punição no Palmeiras, tem de avaliar o que é melhor para o clube e o jogador.

Por falar em Felipão, o que acha do trabalho nesse retorno?

Acho que ele acertou o time, é competente, arrumou a casa e a torcida está acreditando em coisas boas. Foi importante ficar sem levar gols (o do Cerro Porteño foi o primeiro em 10 jogos) e estou confiando demais no trabalho dele.

Crê em conquistas este ano?

Os jogadores estão identificados com o trabalho do Felipão, empenhados em fazer o melhor e isso é importante para no fim do ano erguermos taças. Acredito que é bem possível.

Felipão mexeu pouco no que Roger Machado vinha fazendo. Qual o motivo da melhora?

O time agora está mais seguro. Acho que ele melhorou o ambiente, passou confiança para os jogadores e o futebol cresceu. Com ele no comando as chances são boas em todas as competições, Libertadores, Copa do Brasil e mesmo o Brasileiro.

Até no Brasileirão o senhor vê o Palmeiras brigando na frente?

O Brasileirão é um campeonato importante, óbvio que um pouco mais difícil para o Palmeiras, que depende do tropeço dos outros times. Mas é complicado para todos e estamos torcendo para ganhar tudo. Nada está descartado.

A entrevista acima foi feita por FÁBIO TAVARES HÉCICO, em colaboração com o blog.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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