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No Brasil, 1 x 0 virou goleada

Menon

11/10/2018 16h50

O título do post seria: "No país do futebol, 1 x 0 virou goleada", mas acho que seria uma informação falsa. Coisa dos anos 70.

Mas, vamos lá. Cruzeiro, Corinthians, Flamengo e Palmeiras são gigantes do futebol brasileiro. Controvérsias a parte sobre veracidade ou não dos títulos, possuem troféus maravilhosos.

Seus treinadores recebem, somados, pelo menos R$ 2 milhões por mês. Muito dinheiro. Mais do que….complete a frase.

Muito bem. O que esses gigantes, dirigidos por técnicos muito bem pagos, dois deles com passagem pela seleção, nos ofereceram nas cinco últimas partidas da Copa do Brasil? Quatro semifinais e uma final?

Sete gols em cinco jogos. Dois empates e três vitórias. Em apenas um jogo, houve mais que dois gols. Em apenas um jogo, um time fez mais que um gol.

Uma vitória por 1 x 0 é tratada pelo treinador como uma relíquia. E o derrotado retruca que teve mais posse de bola. Tão insossa quanto suco de carambola.

O Cruzeiro pode ser campeão com três gols nos quatro jogos finais. O Corinthians, também. Podemos ter pênaltis. Oh, fugaz emoção!!

A verdade é que são treinadores medrosos. Não são cautelosos, são medrosos mesmos. São incompetentes em montar times com personalidade, com capacidade ofensiva e sabendo o que fazer com a bola. Times que entrem na história.

A bola não é uma namorada, alguém com que se tem prazer de conviver. ÉÉ apena uma relação de que se tem vergonha. Foi assim o Cruzeiro contra o Corinthians. Ficou com a bola, pressionou, fez um gol e tá bom demais, toma a bola, eu vou para o contra-ataque.

E o  Corinthians? Tem postura de contra-ataque, mas não usa. Não tem saída rápida, não tem um definidor.

Jair Ventura é um técnico de uma nota só. Mano Menezes está se transformando em um. Tem um bom elenco e não consegue jogar bem nem no Brasileiro, sem a pressão do mata-mata.

O pragmatismo os engoliu. Só são suportados quando vencem. E correm riscos, sempre no fio da navalha. Seu futuro imediato depende de uma bola parada, uma cabeçada, um chute de longe, um morrinho artilheiro, um pênalti bem batido.

Emoção? Até tem. Mas, futebol? Poquito.

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon