Até quando, Coronel Marinho?
Menon
10/11/2018 21h01
O jornalista escreve exceção com dois esses e é demitido.
O médico receita remédio errado e é demitido.
A enfermeira aplica o soro errado e perde emprego.
O advogado perde prazos e o cliente o manda passear.
A professora não consegue alfabetizar e perde o cargo.
O macaquinho não consegue fazer micagens e sai do circo.
O mágico não acha o coelho na cartola e devolve o dinheiro do ingresso.
O tenor desafina e é substituído.
O cachorrinho não aprende a fazer cocô e xixi no lugar certo e leva bronca.
O juiz não vê a bola dentro do gol e o Coronel Marinho continua no comando da arbitragem, todo pimpão.
O resultado é vergonhoso. Muda o resultado do jogo. Influência o campeonato. E tudo segue.
Os erros podem se acumular em progressão geométrica e ele se mantém mudo, como uma esfinge.
Nenhum questionamento merece resposta.
Ele se mantém de forma autocrática, sem dar uma única resposta a instituições centenárias e representantes da paixão popular.
Nada e ninguém merecem uma palavra dele. Uma frase. Um grunhido.
Coronel Marinho escala juiz ruim. Quem erra, vai para a geladeira. E ele continua no comando.
Um trabalho ruim, ano após ano.
Até quando?
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.