Triste futebol brasileiro
Menon
13/11/2018 16h18
O futuro campeão brasileiro é o mesmo treinador que comandou o Brasil na mais vergonhosa derrota de todos os Mundiais. O mesmo, sem tirar e nem por. Cauteloso ao extremo e portador de velhas notícias táticas.
O dirigente de quem se esperava atitudes inovadoras no futebol brasileiro, demite um treinador a cinco rodadas do final do Brasileiro. Demite e não sabe quem será o próximo.
O Botafogo é obrigado a vender uma de suas revelações com mais possibilidades de estrelado para um time pequeno da Itália.
O clube que tem uma torcida imensa e fiel está encalacrado em dívidas oriundas, em grande parte, da construção de um estádio desnecessário para o futebol brasileiro. Para o futebol brasileiro, não para o clube.
Um jogador de 37 anos, em final de carreira e jogando mal sai de campo fazendo bico e demonstrando total desrespeito com o treinador e com a instituição que lhe paga muito bem.
O clube que tem a maior torcida do Brasil não consegue segurar uma revelação e faz negócio com a Itália com o campeonato correndo. Não consegue nem manter sigilo.
O clube que teve o maior jogador de futebol de todos os tempos, continua jogando em um estádio ridículo e propício para o arremesso de sandálias.
O país do futebol se rende ao grande clássico argentino, disputado em alto nível e sem violência.
Os grandes clubes continuam à mercê de uma entidade que foi sinônimo de corrupção. Não têm e nem procuram ter as rédeas de seu destino. Aceitam o que tem para hoje.
O treinador citado com novidade é demitido porque, como no trabalho anterior, seu time estava indo para o rebaixamento.
E o dirigente saudado como eficiente, vive vendendo fumo. Diz que seu time será campeão do mundo e terá grande torcida pela América do Sul, mas não consegue ter grande torcida nem na segunda cidade do seu Estado.
E segue o baile.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.