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Jardine e o mergulho tardio

Menon

04/02/2019 15h27

Na entrevista pós-jogo contra o São Bento, André Jardine me fez lembrar de mim. De um eu que não existe mais, a não ser em lembranças de um passado remoto que vive apenas em pensamentos.
Foi quando ele disse que no dia seguinte, iria mergulhar no Talleres. Mesmo tendo treino de manhã, mesmo tendo viagem à noite, mesmo faltando poucos dias para o jogo.
Mergulhar na busca de soluções para um problema agendado há tanto tempo. Quem, não? Eu, muito. Sempre. Nos tempos da Engenharia, não adiantava nada. A nota era ruim. Nós tempos de Jornalismo, o resultado era bom. Notas ótimas. A verdade, confesso, era que os mergulhos eram rasos. Desânimo e desconcentração superavam entusiasmo e foco. Em larga escala.
Há meses, o São Paulo sabe que teria sua primeira grande prova do ano em 6 de fevereiro. Tinha de se preparar para ela. Ainda dá tempo? Sim, mas há etapas da preparação a se lamentar. Eu, pelo menos, não entendi.
Tudo indica que o São Paulo jogará com Hernanes e Nenê juntos. Hernanes no meio. Com a companhia de Nenê? Ou Nenê pelo lado, onde Helinho foi constantemente testado, desde o seu golaço contra o Flamengo, com pouco resultado.
Ora, Hernanes e Nenê não foram testados juntos. Nem na Flórida Cup e nem contra o São Bento. Alguns minutos contra o Guarani.
Por quê? Por quê a insistência com Helinho? O garoto já mostrou que ainda não é o jogador que pode ser um dia.
Desde o início dos trabalhos, Jardine mostrou preferência pela dupla Arboleda e Martins. E fez com que trabalhassem juntos. Não foi o que se viu com Nenê e Hernanes.
Voltando ao "mergulho". Algum "espião" esteve em Córdoba para analisar o Talleres, do incentivo treinador Vojvoda, que muda muito o time? Não seria melhor ter viajado antes e ficar treinando por lá, deixando aqui um time reserva e mais Hernanes. Sim, o jogo contra o São Bento só servia para testar o Profeta.
Esperemos, mas me fica a impressão de um "mergulho" tardio. Talvez seja por minhas frustrantes experiências. Como diz a amada Tia Glorinha, "cachorro mordido por cobra, tem medo de linguiça".

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon