Topo

Paula, Joanna, Aída e Ana, minhas atletas preferidas

Menon

08/03/2019 13h29

Aída dos Santos foi a única atleta brasileira a participar da Olimpíada de 1964, em Tóquio. Não era levada a sério pelos dirigentes.

Quando deixou a Vila Olímpica para se dirigir à prova de salto em altura, foi interpelada por um cartola. "Vê se não atrasa para o almoço".

Ela se atrasou. Mesmo sem uniforme, sem técnico e utilizando uma sapatilha emprestada por um cubano, saltou 1,74m, nove centímetros a mais que sua melhor marca, estabeleceu um recorde brasileiro que duraria 30 anos e terminou em quarto lugar.

Joanna de Albuquerque Maranhão Bezerra de Melo foi finalista olímpica dos 400m Medley, aos 17 anos. Ganhou oito medalhas em Jogos Pan-americanos.

A nadadora é excelente. A mulher é imprevisível. Enfrentou os cartolas corruptos, enfrentou a depressão e, de maneira corajosa, o técnico que a abusou durante muito tempo, quando era uma criança.

Ana Moser foi um esteio na grande geração do vôlei – a primeira – nos anos 90. Fora das quadras, mostra preocupação com o futuro do esporte e do País.

Paula, Magic Paula, era a cabeça pensante do grande time de basquete campeão do mundo e medalha de prata olímpica. Era o arco da flecha Hortência, outra gigante.

Estava a poucos metros dela quando Fidel Castro, totalmente impressionado, a cumprmentou pela medalha de ouro no Pan de Havana.

Paula não é rainha. É um cérebro mágico, longe dos holofotes. A não ser quando comemorava títulos com uma estrela.

Paula, mágica estrela.

O Brasil teve outras grandes atletas. Talvez melhores que as minhas favoritas. Maria Esther Bueno, com certeza. Rafaela Silva também.

Mas o coração escolheu essas quatro. Atletas. Cidadãs. Grandes mulheres.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Paula, Joanna, Aída e Ana, minhas atletas preferidas - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon