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Só venda de Neres pode manter Antony. Mesmo assim, é muito difícil

Menon

03/04/2019 04h50

O São Paulo reza toda noite para que o Ajax consiga vender David Neres por uma quantia em torno de 45 milhões de euros (a multa é de 50 milhões de euros). É a única maneira de talvez não precisar vender Antony ou Liziero, suas joias mais reluzentes.

A conta é simples. O São Paulo luta para diminuir sua dívida. Um dos meios anunciados é gastar com contratações a metade do que arrecada com vendas. E, para o orçamento de 2019 está prevista a venda de 120 milhões de reais em jogadores. O que permitiria o gasto de R$ 60 milhões. NOTA: O São Paulo previa chegar às quartas-de-final da Libertadores, o que significaria algo em torno de R$ 22 milhões líquidos. Esse rombo não entra na nossa conta de compra e venda de jogadores. Precisará ser fechado de alguma outra maneira. Não será made in Cotia.

E como estão as contas até agora?
O São Paulo contratou Pablo (R$ 26 milhões), Tchê Tchê (22 milhões), Hernanes (13 milhões) Leo Pelé (3 milhões) e Everton Felipe (3 milhões). Um total aproximado de R$ 67 milhões.

O que obrigaria o clube a vender R$ 135 milhões. Mais do que os R$ 120 milhões previstos inicialmente.

E quanto foi arrecadado?

Rodrigo Caio saiu por R$ 25 milhões, Tuta por R$ 8 milhões e a venda de Militão para o Real Madrid rendeu R$ 27 milhões, pois o clube tinha direito a 10% e mais um fator por ser formador do clube.

O total é de R$ 60 milhões.

O clube ainda espera arrecadar com uma possível venda de Lucas Perri para o Crystal Palace, que significaria R$ 19 milhões.

São números aproximados.

Então, sem Lucas Perri, foram arrecadados R$ 60 milhões.

Para fechar a conta, faltam R$ 75 milhões.

O São Paulo tem direito a 20% da venda de David Neres e mais 3,5% por ser clube formador. Um total de 23,5%.

Se ele for vendido por 45 milhões de euros, o São Paulo teria direito a 10,6 milhões de euros. Ou R$ 46 milhões.

Faltariam então 30 milhões de reais.

Isso é muito menos do que valem, potencialmente falando, Antony, Liziero, Luan ou Igor Gomes.

O clube teria duas opções.

A primeira é conseguir esse dinheiro de outras formas, talvez com a saída de Lucas Perri, de algum jogador da base que ainda não estreou, reduzindo a folha salaria ou buscando mais dinheiro de patrocínios.

A segunda maneira é vender e ter lucro.

A torcida pode ter certeza que se por acaso, muito improvável, confirmar-se um boato nas redes sociais de que o Milan ofereceria 150 milhões por Antony, o São Paulo não demoraria um dia para aceitar. Mesmo não precisando.

A realidade é assim. O clube precisa de dinheiro. E como dizer ao jogador que ele deve ficar por aqui, se lá fora vai ganhar dez vezes mais, no mínimo.

Uma oferta de 15 milhões de euros por Liziero significaria três vezes mais o que foi gasto com Tchê Tchê.

A nova janela vem aí, em julho. Possivelmente trará surpresas.

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon