Santa loucura, Sampaoli
Menon
11/04/2019 23h48
O seu time precisa de uma vantagem de dois gols para se classificar. E o jogo está 2 x 0 aos 32 minutos do segundo tempo. Está na hora de tirar um atacante ou um meia e colocar um volante, certo?
Sampaoli parece seguir a cautelosa receita. Coloca o lateral Jorge em lugar do centroavante Derlis. E passa o volante Pituca, que estava na lateral para fazer dupla de volantes com Alison.
Tudo normal. Dois volantes.
Dois minutos depois, Sampaoli tira Alison e coloca…Cueva, aberto na esquerda, com Jorge pelo meio.
Está de volta o 4-2-4 do início do jogo. Um 4-2-4 mutante, com Alison formando um trio com dois zagueiros, Ferraz e Pituca no meio, com Sanchez e Rodrygo, Derlis, Jean Motta e Soteldo.
Ou Motta saindo da área, para a entrada de Sánchez. Assim, saiu o primeiro gol. Ou Motta aberto na esquerda, invertendo a jogada para Rodrygo? Foi assim o segundo gol.
Acompanhar as mudanças de Sampaoli é um exercício complicado. E muito prazeroso.
Será campeão? Dificilmente. Mas uma certeza se solidifica a cada jogo: nenhum técnico faria o Santos melhor do que está hoje.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.