São Paulo, enfim, se rende a Cotia
Menon
09/05/2019 13h37
Em 2010, o São Paulo venceu a Copinha. O time revelou Casemiro, tricampeão da Liga dos Campeões e Lucas, que disputará a final deste ano. Willian Arão era reserva.
Juvenal Juvêncio, então, disse, que em pouco tempo, o time teria onze jogadores formados em Cotia. Seria o futuro do clube. Não foi até agora, talvez nunca seja, mas a integração nunca esteve tão forte como agora.
Basta comparar com a "geração 96", considerada excelente. O time tinha Perri, Foguete, Tormena, Kal e Inácio; Banguelê, Artur, Queiróz e Lucas Fernandes, Joanderson e Luiz Araújo. Também jogavam Lyanco, David Neres, Boschilia, Shaylon e Lucão. Na verdade, uma mistura de 96 com 97.
Quais foram utilizados? Quais deram retorno técnico e financeiro? Apenas técnico?
Luiz Araújo e Boschilia deram retorno técnico e financeiro.
David Neres deu retorno financeiro, pois jogou apenas oito partidas.
Lucão deu retorno técnico, com 88 partidas pelo clube.
Lyanco deu retorno financeiro. Artur e Auro também, mas pouco.
Lucas Fernandes e Shaylon foram as grandes decepções: um joga no Portimonense e outro é reserva no Bahia.
Inácio foi contrapeso para o Porto, na negociação de Maicon.
Enfim, muito pouco para uma geração de quem se esperava muito.
Agora, não.
Cuca tem nas mãos uma série de jogadores de bom nível técnico e o clube tem jogadores com mercado internacional.
Anthony é titular absoluto. Liziero, quase isto. São jogadores que, juntos, podem render 50 milhões de euros
Luan é titular, mas não o vejo envolvido em grande transação. Diego vem aí, nas mesmas condições.
Igor Gomes e Walce serão titulares em pouco tempo. E quem disse que precisa ser titular para chegar às Europa?
Helinho e Toró, sim, tem potencial técnico e financeiro.
Brenner é a incógnita.
E tem mais por aí. No início do ano, no mais tardar, Morato e Rodrigo Nestor estarão no profissional. Talvez para substituir algum garoto vendido.
O sonho de Juvenal está próximo de se concretizar.
Como interpretar um sonho?
Para o torcedor, títulos.
Para a diretoria, fim das dívidas
Quem sabe, os dois?
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.