Raí em Roland Garros. Clube frouxo e abandonado
Menon
27/05/2019 11h52
Enquanto o São Paulo perdia para o Corinthians em Itaquera, Raí estava em Paris. Não era o Raí ídolo e ex-jogador. Era o Raí executivo de futebol. Muito bem remunerado.
Estava participando de um evento da Fundação Gol de Letra. E aproveitou para jogar uma pelada e dar uma olhada no torneio de Roland Garros.
Ninguém é de ferro.
Evento pré-agendado da Fundação Gol de Letra?!?!?! E daí? O que significa isso? Significa que o São Paulo é sempre a última opção.
Se o Raí pode, porque o Antony não pode. Que moral tem o presidente Leco para brecar a convocação do garoto para um torneio amistoso da seleção, se Raí estava em Roland Garros?
A explicação dada por Cuca é um exemplo do abandono do clube. Primeiro por ter sido dada por Cuca e não por Leco. E segundo, pelo seu teor.
"Conversamos com ele e ele pediu para ser liberado. Vamos respeitar o desejo do jogador".
É assim. Respeite-se o pedido do jogador, do diretor, da torcida que exige saída de jogador…O clube? É só um detalhe.
E o comportamento do jogador também é covarde. É egoísta. Ele deixa os companheiros sozinhos diante de uma missão muito dura: escapar da eliminação.
É como se um médico se recusasse a fazer uma operação difícil em um parente porque recebeu convite para um congresso em Toulon.
Mas o que se pode esperar do médico jovem se o diretor do hospital está em Paris?
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.