Topo

Thalles e Ludmila, vítima e sobrevivente de flagelos sociais

Menon

22/06/2019 11h55

A moto matou Thalles. A droga não matou Ludmila. Thalles não resistiu à alta velocidade. Ludmila deixou a tentação das drogas ao largo.

O atacante do Vasco, emprestado à Ponte, se envolveu no acidente fatal em São Gonçalo. A velocidade é uma arma. Uma roleta russa. Não só para jogadores, como Thalles, Denner ou Drazen Petrovic, como para a população em geral. Os famosos viram manchete. Os anônimos viram estatística.

E nem precisa de velocidade. Estou me lembrando do meigo amigo Azeita. Foi parar embaixo de um caminhão. Todos já choramos por uma morte estúpida.

A atacante da seleção perdeu a irmã e a melhor amiga para as drogas. Foi abandonada em um orfanato pela mãe, que bebia muito.

Trânsito, álcool, drogas… Podemos colocar todos no mesmo balaio? Ou é mais fácil escapar da velocidade do que das drogas?

Ambos são flagelos sociais? Não sei. Mas é evidente que matam. E muito. E nada se faz contra. Na Arábia, onde Ludmila vive, o Poder Público não chega. Para quê? Só tem pobre e preto. Deixa que o tráfico cuida.

E o presidente mandou acabar com radares, pardais, mandou aumentar o número de pontos na carteira. E o governador Dória, quando prefeito, mandou aumentar a velocidade máxima nas marginais.

Ludmila está viva. Thalles está morto. Ludmila é melhor que Thalles? Não. Ela é apenas uma sobrevivente.

 

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Thalles e Ludmila, vítima e sobrevivente de flagelos sociais - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


Menon