Que pena, Levir Culpi!
Menon
01/07/2019 17h48
A entrevista de Levir Culpi ao ao colega Lucas Castilho, da Gazeta Esportiva, mostra um quadro triste. Um profissional se sentindo sem espaço para trabalhar e em crise existencial.
Não é uma ilação. Ele explícita a triste situação ao dizer que está pensando em fazer outra coisa mas que não sabe exatamente o quê e que se sente inseguro.
Triste situação. E Levir reage da pior maneira possível. Recorre à reserva de mercado. Diz que não gosta de treinadores argentinos atuando no Brasil porque não há brasileiros por lá.
Seguindo o raciocínio, deveríamos importar treinadores do Japão ou da Arábia Saudita ou do Catar. Afinal, há muitos brasileiros por lá.
Só por lá, a bem da verdade. Em centros avançados, nunca.
Os treinadores brasileiros são fracos. Não fazem nada de novo, não criam nada. Trabalham como uma manada. Sempre com o mesmo esquema. Exceções, há. Renato Gaúcho, Fernando Diniz e Thiago Nunes.
Levir não recorre à autocrítica. Prefere o preconceito. Há pouco, implicou com as tatuagens de Sampaoli.
Não conheço as ideias de Levir fora do campo. Gostei muito quando ele proibiu a presença de pastor no vestiário do Galo. Local de trabalho é local de trabalho. Pena que o dele não tem dado resultado.
Agora, Levir, magoado e inseguro, coloca o pé na xenofobia.
Uma pena, Levir
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.