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FIFA acerta ao separar Marta de Klose

Menon

02/07/2019 18h11

Já fui muito crítico a Pelé por não se posicionar sobre racismo. Pior. Por dizer que não há racismo no Brasil. O tempo passou e percebi, um belo dia, que a carreira de Pelé, por si só, é uma injeção monstruosa de autoestima e pertencimento aos negros.

É algo que se repete com Marta. Muitas jovens se emprego, sem noção do que é um sindicato ou uma luta comum, sentem-se representadas pela maior jogadora de todos os tempos. Autoestima, pertencimento e valorização.

Lembremos que a prática de futebol feminino foi proibido no Brasil nos anos 40. As avós foram proibidas. As netas podem sonhar em ser como Marta, a maior de todas.

Marta é muito maior que Klose. Cada um de seu lado. Não se pode comparar. A Fifa definiu, respondendo a uma consulta da Folha.

É óbvio, não? Klose ultrapassou Ronaldo Fenômeno disputando a mesma competição. E duas vezes, a mesma edição. É possível fazer uma comparação.

Marta, não. Jogou outra competição. Uma coisa não tem a ver com a outra. Dizer que Marta fez mais gols do que Klose é uma bobagem. Mesmo porque ela não precisa disso.

Quem viaja neste tipo de comparação deveria abraçar outro tipo de luta: que mulheres e homens possam jogar juntos em uma mesma competição. Que haja um Mundial ou Olimpíada com equipes mistas. Como haverá revezamento misto em Tóquio no ano que vem.

Seria espetacular.

 

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Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.


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