Título da Copa América era obrigação. E veio com muitas notícias boas
Menon
08/07/2019 12h28
O mais importante foi ganhar como grupo, sem a grande estrela. Tite construiu um time sem Neymar. Não tem cabimento ele adaptar os campeões a Neymar, que deve voltar. Joga muito.
Pedindo perdão pela repetição, mas para deixa bem claro: Tite adaptar Neymar ao time e não o time campeão a Neymar.
A readaptação passa, a meu ver, pela saída de Coutinho, que não fez uma grande competição. Foi um ponto destoante, se formos falar de individualidades.
David Neres foi muito mal. Sem força e sem inspiração, perdeu a posição para Cebolinha, que se tornou o melhor da competição.
A troca, após uma partida e meia apenas, mostra uma evolução de Tite, outrora acostumado a morrer abraçado a seus jogadores preferidos.
O que é bom pode ter um efeito colateral ruim. O certo era Tite aprofundar a renovação desde já. Poderia ter escalado a defesa com Daniel Alves, Marquinhos, Militão e Renan Lodi. A seu favor, é preciso dizer que, se perdesse, seria muito criticado.
Ele optou por veteranos e ganhou. E o que tem de ruim em ganhar?
Ora, ele vai fazer renovação no ano que vem, com Eliminatórias a partir de março e outra Copa América em junho? Vai mudar durante a competição?
O certo é que será complicado chegar ao Catar com Daniel Alves, Miranda, Thiago Silva e Filipe Luiz com 37 anos no mínimo? Quase um sub-40?
Há que se comemorar a redenção de Jesus. Depois de uma Copa do Mundo ruim – não vamos discutir se a culpa foi dele, do Tite ou do Neymar – fez dois jogo ótimos contra Argentina e Peru.
Grande mérito de Tite.
Espero que Pedro volte a jogar como antes da contusão. Seria ótimo ter um atacante com mais força, bom cabeceador, com presença de área.
Pena que a caxumba tenha atrapalhado Richarlison. Não conseguiu se recuperar depois de um início fraco.
A briga está aberta, o que é ótimo.
Richarlison vacilou e perdeu lugar para Jesus, que jogou bem.
Neres vacilou e perdeu lugar para Cebolinha, que foi o melhor.
Neymar voltará no lugar de Cebolinha? De Coutinho? De Jesus? Firmino?
Ganhar a Copa América era obrigação. Ainda bem que chegou com mais pontos positivos do que negativos.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.