Grêmio pode vencer o Flamengo. Não precisa do chororô de Romildo Bolzan Jr
Menon
19/09/2019 14h14
Se você, caro amigo leitor, se dispuser a ler meu breve currículo, verá que sou o primeiro a dizer que nunca joguei futebol além da minha querida rua Washington Luís, em Aguaí. Muito antes de ser asfaltada, como hoje.
Era no terrão que eu maltratava a redonda ao lado de futuros craques aguaianos como Mirtu do Anísio, Valdirzinho, o Garrincha Loiro, e Ratão.
Então, talvez por isso, não entenda muitas coisas do futebol. Principalmente os chamados jogos mentais.
Dá resultado essa bobagem de colocar o adversário como favorito?
Dá resultado construir a narrativa de que o adversário se acha favorito?
É o que o presidente do Grêmio está fazendo. Diz que o Flamengo está cheio de soberba. Que o João Guilherme já narrou o gol do hipotético título do Flamengo na Libertadores. E que, oh horror, tem torcedor que já comprou ingressos para a final em Santiago.
Tudo isso seria um menosprezo ao Grêmio. E daí? Errado seria se as manifestações tivessem saído da diretoria do Flamengo.
Mas o ponto é outro. Todo este chororô de Romildo vai ajudar o Grêmio?
Duvido. Mesmo porque o Grêmio não precisa. Tem um grande time, muito bem treinado e com todas as condições de vencer o Flamengo. Aliás, nem precisava ter abandonado o Brasileiro para estar tão bem na Libertadores.
Dizer que é o "fraquinho do Sul" é muito infantil. É um vitimismo. É diminuir o gigantismo do Grêmio.
O Grêmio não precisa de atitudes pequenas de seu presidente para vencer o Flamengo. E, se vencer, não venha o Romildo dizer que teve participação por conta de sua arenga pseudo motivadora.
Com certeza, o título virá por conta da alta qualidade de Cebolinha, Jean Pyerre, Maicon, Matheus Henrique e de Renato Gaúcho.
Sim, Renato, o rei da soberba.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.