Internacional e Vasco anunciaram seus treinadores para 2020. São ideias e propostas diferentes. Não apenas dos contratados, mas também – e especialmente – dos contratantes.

Eduardo Coudet representa ousadia. É um treinador jovem, de 45 anos, e recém campeão argentino. Tem um estilo bonito e agressivo, que talvez demore a ser assimilado.

Se não der certo e for demitido, a torcida dirá que o Inter arriscou demais e que nem todo estrangeiro dá certo.

Pelo bem ou pelo mal, a diretoria colorada buscou uma mudança de parâmetro para a temporada. Há quanto tempo o Inter não vence fora de casa? Há quanto tempo o Grêmio domina o cenário gaúcho?

Abel Braga representa segurança para a diretoria vascaína. É o Abelão, ídolo como jogador, bom de papo, amigo dos jogadores, rei do vestiário.

Vai montar o time a partir da defesa, sem se arriscar muito. Se não der certo, a diretoria dirá: mas, gente, é o Abelão. Quem diria que iria dar errado?

Não interessa os fracassos no Flamengo e no Cruzeiro. É o Abelão….e o que são R$ 500 mil por mês?

Os dois times foram mal em 2019. O Inter, que foi melhor, recusou Zé Ricardo e apostou na mudança. O Vasco, que foi pior, optou pela segurança e ficou com Abel Braga. Talvez o próximo seja o Zé Ricardo.