Paulinho x Vinícius Jr., um duelo que faz bem para o Brasil
Menon
24/07/2017 16h40
No sábado, Vinícius Jr. entrou e mudou um jogo. Deu um belo chapéu e sofreu o pênalti que deu a VITÓRIA sobre o Coritiba. No domingo, Paulinho começou desde o início e foi fundamental na vitória do VASCO sobre o Galo. Fez história ao superar Vinícius Jr e Brenner, do São Paulo, tornando-se o primeiro jogador nascido em 2000 a marcar em um Brasileiro.
Quem é melhor? A batalha tomou conta das redes sociais. Os vascaínos curtindo, com todo o direito, o momento de glória de seu garoto, afirmavam que Vinícius Jr. era marketing e só. Que o bom da dupla é Paulinho. Como se apenas um fosse bom. E o pessoal do Flamengo, argumentava sacando o talão de cheques. O Real Madrid pagou 45 milhões de euros por quem mesmo? Como se o argumento pecuniário resolvesse tudo.
Para mim, vence o futebol brasileiro, cumprindo sua gloriosa missão de se renovar a cada ano, a cada semestre. Os dois e mais Alanzinho, do Palmeiras, foram fundamentais no Sul-americano sub-20. Os três e mais Brenner podem trazer o mundial da categoria para o Brasil.
Procurei o amigo Dassler Marques, especialista em futebol. E em futebol de base também. Pedi que ele falasse sobre os dois.
"Os dois estiveram juntos no título sulamericano. Foram os dois melhores do Brasil. Começaram no mesmo nível, mas do meio para o final, Vinícius se tornou protagonista. Ele é um jogador inventivo, ousado, grande poder de drible, qualidade nas duas pernas, presença física, assistência e gols. Se melhorar o trabalho sem bola e jogar mais coletivamente,ser menos individualista, tem tudo para ser um dos melhores do mundo. Por isso, o Real Madrid pagou tanto. A expectativa sobre ele é muito grande, muita pressão para quem acabou de fazer 17 anos.
O Paulinho entrou em um cenário com menos expectativa, o que facilita. É forte, inteligente, eficiente, sabe construir jogo e vem de temporadas muito boas na base.
Os dois são muito bons e é besteira diminuir o Vinícius Jr por conta do que o Paulinho fez contra o Galo, até porque o Vinícius também jogou bem contra o Coritiba"
O bacana, eu acho, não é partir para comparações excludentes e sim imaginar os dois, na Copa de 2022, formando um trio com o recém trintão Neymar.
Sobre o Autor
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.