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Menon

Dura vida de Cristóvão Borges. E Cuca leu o blog?

Menon

28/06/2016 09h56

Bem, amigos, – não é só ele que pode começar uma frase assim – se de dinheiro falamos, não pode haver nada de ruim na vida dos protagonistas do futebol brasileiro. Mesmo trabalhando em um país com dificuldades financeiras em um esporte muitas vezes deficitário, ganham muito dinheiro. Talvez menos do que mereçam – não sou eu a julgar – mas muito mais do que os clubes podem pagar. É o mercado.

cristovaoMas a vida nem sempre  é um mar de rosas para eles, quando esquecemos o dinheiro e pensamos apenas nas questões realtivas a trabalho. Cristóvão Borges, por exemplo. Estava desempregado e assumiu um dos maiores clubes do Brasil. O que poderia dar errado? A sombra de Tite e a falta de caráter dos jogadores

Normal, a sombra de Tite. Juntamente com Osvaldo Brandão, é o maior nome na história do Corinthians, quando de treinador se fala. Muito difícil assumir após sua saída. O tom de voz, a cor do cabelo, o modo de entrar em campo, tudo é motivo de comparação. Além de apoiar-se em sua capacidade, Cristóvão precisa de apoio externo.

E ele foi negado e solapado logo no segundo jogo. Cristóvão colocou Guilherme no banco. E o jogador, com sua fala articulada, com seu português bem posto – o que lhe passa a dar um ar e respeito no Brasil do preconceito – disse que não via de forma correta sua barração. E citou até números para comprovar.

1) Se fosse com Tite, ele falaria alguma coisa?
2) Que números são esses? Tinha na cabeça ou foi procurar. Nos dias anteriores ao jogo e após saber que seria banco, correu ao computador e foi buscar dados que embasassem sua reclamação?
3) E mostrou esses dados a Cristóvão? Não, mostrou aos jornalistas. Mais uma vez fomos utilizados por alguém para minar o trabalho de outro alguém.

Na minha opinião, Guilherme deveria ter deixado claro seu descontentamento diretamente ao treinador. Com números ou não. Amplificar sua discordância junto aos meios de comunicação não servem a Cristóvão e nem ao Corinthians. Tenho dúvidas que sirva também a ele, Guilherme, que, consciente como é, sabe que está devendo futebol.

Mudando de pato para ganso, no sábado fui cobrado no twitter por um companheiro. Ele disse que eu havia criticado o São Paulo por ter um ataque de Z-4 e que deveria falar também sobre o mau rendimento do Palmeiras fora de casa. Fui pesquisar e escrevi um post sobre o assunto.

leia aqui

LEIA AQUI SOBRE O SAO PAULO

 

Bem, fui xingado pelas duas torcidas. A do São Paulo usa repetidamente o argumento de que o time é o único na semifinal da Libertadores. O que justificaria a falta de constância, os poucos gols marcados, a situação na tabela, o excessivo número de derrotas e outras mazelas.

E a torcida do Palmeiras grita que o time é líder. Que é justamente o que eu falo. Um líder que precisa melhorar o rendimento fora de casa para ser campeão.

Bem, ontem Dudu deu uma entrevista coletiva. E disse o seguinte: "Cuca nos avisou que temos um aproveitamento fora de casa d de time que está no Z-4 e que precisamos melhorar".

A torcida do Palmeiras não precisa xingar Cuca, como me xingou. Precisa é ficar feliz por ter um treinador que tem os pés no chão e que sabe como é duro o caminho até o título

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.